quinta-feira, 18 de abril de 2013

Pensando e educando com a Globalização. – Uma reflexão de Carlos Delmondes


Se pensarmos que a globalização é algo novo e começa agora na era digital, estamos enganados, já algumas décadas esse termo se faz presente e permeia entre as nações e gerações recentes. Uma vez que a comunicação no século XX ultrapassou fronteiras alcançando as distâncias mais remotas desse mundo tão populoso, essa mesma globalização também não esta só no mundo físico, mas também dentro da nossa realidade social e diretamente nos dias de hoje influenciando comportamentos, atitudes e ações dentro de nossas casas, trabalho e educação. Ao longo dos anos ela foi realmente globalizando nossas vidas e nosso pensamento, as gerações dos anos 90 e as do início desse século teve um contato com essa globalização em formato já digital das coisas, mesmo antes de ir a escola elas já sabem que um celular pode mandar mensagens ao colegas e familiares, já assistem e escolhe o seu desenho no canal que deseja e assiste a hora que deseja na TV paga, navega na internet em tempo real com pessoas de lugares dos mais distantes em relação a sua localização geográfica. Mas mesmo com toda essa vivência tecnológica essa mesma criança, jovens e adolescentes vai para a escola e estuda em um mecanismo de aprender em ainda em modo analógico de compartilhar a informação e o conhecimento. Professores e instituições ainda navegam em um sistema lento de pensar, mas o que notamos é que se faz a cada momento a necessidade urgente dessa quebra de paradigma e de comportamento, pois uma geração passa muito rápida e mesmo dentro dessa geração as tecnologias e as mídias vão se alterando a cada instante e sendo compartilhada a cada momento em tempo real.
       Em um país que bate no peito e se orgulha de ter um dos melhores sistemas de votação e exporta tecnologia de urna eletrônica, esses mesmo que se usufruem dos resultados de votos eletrônicos ainda pensam analogicamente e possuem muitas resistência em entender, apesar de já terem diversas iniciativas, que já compreendem sobre uma educação multimídia e esta ser o ponto chave de um pais do futuro, país este em que estará em seu auge de conquistas e realizações, se esta educação for incorporada e aplicada em uma velocidade de compreensão tanto da parte de quem educa como da parte de quem proporciona ambiente de educação, isto estou falando daqueles que com suas leis e políticas devem incentivar, fomentar cada vez mais essa prática de maneira sistemática e continua. Aos educadores cabe a este estar ciente e praticante dessa postura em sala de aula e fora dela, temos que lembrar que por mais que ainda a lugares nesse mundo em que o giz e o quadro negro ainda é a tecnologia de ponto em sala de aula e em outros onde o Tablet de última geração esta nas carteiras de cada aluno, ainda assim tanto o professor como a instituição de ensino devem estar globalizados com os conceitos de ser e de pensar, de nada adianta um Tablet nas mão de uma mente analógica e  também uma mente digital em seu formato de pensar mas utilizando ainda assim um giz para escrever, apesar de essa ainda gerar um sentimento de curiosidade e anseio no aluno analógico em se tornar digital e global. O ideal seria uma mente global em uma instituição global para um aluno global. Se estabelecermos esse ponto como objetivo a ser alcançado esse tripé com certeza fará de um mundo próximo uma realidade que só era na ficção e nos livros dos pensadores, mas isso sem perder de vista a essência humana e o calor desta que foi concebido na poeira do giz e na carteira de madeira lá no distante grupo escolar da zona rural do século passado e que iniciou esta jornada que nunca deve terminar que é a jornada do conhecimento mútuo e sem fronteira geográfica. 

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