Uma
maçã em um livro virtual, um vídeo cassete e um telefone podem ser um produto
de interação de uma realidade física e uma realidade não tangível (virtual) tal
qual um Tablet, um web site ou mesmo um óculos 3d do cinema atual em pleno
século XXI, com certeza podemos afirmar que sim, pois todos estes são interativos
em sua natureza em que foram concebidos e em sua realidade de sua aplicação.
Conforme podemos ver no livro
“Cibercultura Pierre Levy”. O fone antigo por mais analógico que era em sua
natureza de existência ele proporcionava
uma interatividade entre dois interlocutores a uma distância física existente
entre esses dois, considerando que o fone celular hoje é totalmente digital com
sua inúmeras funções ainda assim ele mantém a sua iteratividade que foi criada
a mais de cem anos atrás, é claro que isso é seguido de inúmeras outros
aplicativos que vai levar o usuário a outras realidades que vem a cada dia se convergindo a cada dia que se
passa, ferramentas que em bem pouco tempo atrás era separadas, vídeo, Tv,
jogos, internet, mensagens escritas (lembremos das cartas de correios antigas),
áudio em Mp3, Mp4 (lembremos dos radinhos a pilha, onde escolhíamos a estação
AM ou FM).
E a maçã do e-book virtual “Beyond
Pages” do Masaki Fujihata, um detalhe de uma cultura outrora emergente e que a poucos
anos atrás e que hoje já é realidade mas em plena expansão e sem limites por
todas as áreas e setores da economia e do pensamento humano. Mas conforme
Pierre Levy essa mistura em tempo real de diversas atividades nos fez
mais rápidos e ansiosos em tudo e com todos, não temos mais tempo, ou não
queremos ter tempo, ainda pior estamos nos deixar levar pelo encanto de estar
em várias atividades e funções em tempo real, e assim acabamos por ficar cheios
de conteúdo, mas vazios de pensamento, esquecemos de como pensar, pensamos que
sabemos para onde estamos indo mas na verdade estamos sendo levados momento a
momento em diferentes realidades, quase querendo sermos onipresentes (estarmos
em vários lugares e em contato com muitos ao mesmo tempo). E os problemas
oriundos dessa realidade são múltiplos assim como a sua facilidade e suas
aplicações, em uma sociedade economicamente ativa em todos os setores desde os
serviços rurais até a própria internet, é fruto de interesses de relação
consumo e capital não no sentido subsistir e sim de vender, comercializar ao
próximo aquilo que se produz, cada vez mais uma prestação de serviços
acontecendo em todos os lugares e todos interconectados, foi o serviço que cada
vez mais é individualizado mas que por mais individual que seja pertence a um
grupo ou sub grupos em uma grande rede de outros prestadores de serviços altamente
conectados seja em seus tablets ou em noticiários de multicanais de TV, o fato
é que estamos presos a esse novo mundo, mas precisamos cuidar para não sermos
vazios de pensamentos, precisamos direcionar esse mergulho nessas multimídias
maravilhosa da comunicação e informação.
E assim caminha a humanidade, assim como no
filme épico de assunto de intolerância e conflito racial, hoje vivemos a
intolerância de nós mesmos de realmente pensarmos que estamos pensando,
seguimos em frente criando, produzindo, e levando a informação aos níveis e a
sociedades diversas do mundo, onde culturas vão se completando e evoluindo ao
mesmo tempo compartilhando conhecimento e evolução, mas será que realmente a
uma massa pensante em toda esse volume de informação, então temos um conflito
dia após dia dentro de nós mesmos e para com o nosso semelhante onde fazemos
questão de achar que estamos realmente compartilhando um conhecimento de nada,
pois é nada que estamos pensando, dessa forma o que se planta colhe, uma
cultura de informação que leva a lugar nenhum, uns poucos estão filtrando e
direcionando o seu olhar em meio a essa mar de realidades eletrônicas e bytes
na velocidade do pensamento e esses poucos estão se manifestando em novas ideias
capitalistas com novos negócios e outros como pensadores e filósofos da
percepção do comportamento e da influência desse meio, faz a mente ir mais
longe nesse olhar.
Importa que as muitas mídias se tornem
uma só, seja ela qual for, seja visuais, sonoras ou ambas, mas que desta
possamos sintetizar o nosso próprio modo de ser e acima de tudo ter uma
consciência desse comportamento sobre nós mesmo. Só então poderemos acrescentar
em nosso semelhante um compartilhar de real importância para o crescimento dele
como pessoa e como cidadão consciente.
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