Se pensarmos que a globalização é algo novo e começa agora na era
digital, estamos enganados, já algumas décadas esse termo se faz presente e
permeia entre as nações e gerações recentes. Uma vez que a comunicação no
século XX ultrapassou fronteiras alcançando as distâncias mais remotas desse
mundo tão populoso, essa mesma globalização também não esta só no mundo físico,
mas também dentro da nossa realidade social e diretamente nos dias de hoje
influenciando comportamentos, atitudes e ações dentro de nossas casas, trabalho
e educação. Ao longo dos anos ela foi realmente globalizando nossas vidas e
nosso pensamento, as gerações dos anos 90 e as do início desse século teve um contato
com essa globalização em formato já digital das coisas, mesmo antes de ir a
escola elas já sabem que um celular pode mandar mensagens ao colegas e
familiares, já assistem e escolhe o seu desenho no canal que deseja e assiste a
hora que deseja na TV paga, navega na internet em tempo real com pessoas de
lugares dos mais distantes em relação a sua localização geográfica. Mas mesmo
com toda essa vivência tecnológica essa mesma criança, jovens e adolescentes
vai para a escola e estuda em um mecanismo de aprender em ainda em modo
analógico de compartilhar a informação e o conhecimento. Professores e
instituições ainda navegam em um sistema lento de pensar, mas o que notamos é
que se faz a cada momento a necessidade urgente dessa quebra de paradigma e de
comportamento, pois uma geração passa muito rápida e mesmo dentro dessa geração
as tecnologias e as mídias vão se alterando a cada instante e sendo
compartilhada a cada momento em tempo real.
Em um país que bate no peito e se orgulha de ter
um dos melhores sistemas de votação e exporta tecnologia de urna eletrônica,
esses mesmo que se usufruem dos resultados de votos eletrônicos ainda pensam
analogicamente e possuem muitas resistência em entender, apesar de já terem
diversas iniciativas, que já compreendem sobre uma educação multimídia e esta ser
o ponto chave de um pais do futuro, país este em que estará em seu auge de
conquistas e realizações, se esta educação for incorporada e aplicada em uma
velocidade de compreensão tanto da parte de quem educa como da parte de quem
proporciona ambiente de educação, isto estou falando daqueles que com suas leis
e políticas devem incentivar, fomentar cada vez mais essa prática de maneira
sistemática e continua. Aos educadores cabe a este estar ciente e praticante
dessa postura em sala de aula e fora dela, temos que lembrar que por mais que
ainda a lugares nesse mundo em que o giz e o quadro negro ainda é a tecnologia
de ponto em sala de aula e em outros onde o Tablet de última geração esta nas
carteiras de cada aluno, ainda assim tanto o professor como a instituição de
ensino devem estar globalizados com os conceitos de ser e de pensar, de nada
adianta um Tablet nas mão de uma mente analógica e também uma mente digital em seu formato de
pensar mas utilizando ainda assim um giz para escrever, apesar de essa ainda
gerar um sentimento de curiosidade e anseio no aluno analógico em se tornar
digital e global. O ideal seria uma mente global em uma instituição global para
um aluno global. Se estabelecermos esse ponto como objetivo a ser alcançado
esse tripé com certeza fará de um mundo próximo uma realidade que só era na
ficção e nos livros dos pensadores, mas isso sem perder de vista a essência
humana e o calor desta que foi concebido na poeira do giz e na carteira de
madeira lá no distante grupo escolar da zona rural do século passado e que
iniciou esta jornada que nunca deve terminar que é a jornada do conhecimento
mútuo e sem fronteira geográfica. quinta-feira, 18 de abril de 2013
quinta-feira, 11 de abril de 2013
A cibercultura e o nosso comportamento a partir dela.– Uma reflexão de Carlos Delmondes
Uma
maçã em um livro virtual, um vídeo cassete e um telefone podem ser um produto
de interação de uma realidade física e uma realidade não tangível (virtual) tal
qual um Tablet, um web site ou mesmo um óculos 3d do cinema atual em pleno
século XXI, com certeza podemos afirmar que sim, pois todos estes são interativos
em sua natureza em que foram concebidos e em sua realidade de sua aplicação.
Conforme podemos ver no livro
“Cibercultura Pierre Levy”. O fone antigo por mais analógico que era em sua
natureza de existência ele proporcionava
uma interatividade entre dois interlocutores a uma distância física existente
entre esses dois, considerando que o fone celular hoje é totalmente digital com
sua inúmeras funções ainda assim ele mantém a sua iteratividade que foi criada
a mais de cem anos atrás, é claro que isso é seguido de inúmeras outros
aplicativos que vai levar o usuário a outras realidades que vem a cada dia se convergindo a cada dia que se
passa, ferramentas que em bem pouco tempo atrás era separadas, vídeo, Tv,
jogos, internet, mensagens escritas (lembremos das cartas de correios antigas),
áudio em Mp3, Mp4 (lembremos dos radinhos a pilha, onde escolhíamos a estação
AM ou FM).
E a maçã do e-book virtual “Beyond
Pages” do Masaki Fujihata, um detalhe de uma cultura outrora emergente e que a poucos
anos atrás e que hoje já é realidade mas em plena expansão e sem limites por
todas as áreas e setores da economia e do pensamento humano. Mas conforme
Pierre Levy essa mistura em tempo real de diversas atividades nos fez
mais rápidos e ansiosos em tudo e com todos, não temos mais tempo, ou não
queremos ter tempo, ainda pior estamos nos deixar levar pelo encanto de estar
em várias atividades e funções em tempo real, e assim acabamos por ficar cheios
de conteúdo, mas vazios de pensamento, esquecemos de como pensar, pensamos que
sabemos para onde estamos indo mas na verdade estamos sendo levados momento a
momento em diferentes realidades, quase querendo sermos onipresentes (estarmos
em vários lugares e em contato com muitos ao mesmo tempo). E os problemas
oriundos dessa realidade são múltiplos assim como a sua facilidade e suas
aplicações, em uma sociedade economicamente ativa em todos os setores desde os
serviços rurais até a própria internet, é fruto de interesses de relação
consumo e capital não no sentido subsistir e sim de vender, comercializar ao
próximo aquilo que se produz, cada vez mais uma prestação de serviços
acontecendo em todos os lugares e todos interconectados, foi o serviço que cada
vez mais é individualizado mas que por mais individual que seja pertence a um
grupo ou sub grupos em uma grande rede de outros prestadores de serviços altamente
conectados seja em seus tablets ou em noticiários de multicanais de TV, o fato
é que estamos presos a esse novo mundo, mas precisamos cuidar para não sermos
vazios de pensamentos, precisamos direcionar esse mergulho nessas multimídias
maravilhosa da comunicação e informação.
E assim caminha a humanidade, assim como no
filme épico de assunto de intolerância e conflito racial, hoje vivemos a
intolerância de nós mesmos de realmente pensarmos que estamos pensando,
seguimos em frente criando, produzindo, e levando a informação aos níveis e a
sociedades diversas do mundo, onde culturas vão se completando e evoluindo ao
mesmo tempo compartilhando conhecimento e evolução, mas será que realmente a
uma massa pensante em toda esse volume de informação, então temos um conflito
dia após dia dentro de nós mesmos e para com o nosso semelhante onde fazemos
questão de achar que estamos realmente compartilhando um conhecimento de nada,
pois é nada que estamos pensando, dessa forma o que se planta colhe, uma
cultura de informação que leva a lugar nenhum, uns poucos estão filtrando e
direcionando o seu olhar em meio a essa mar de realidades eletrônicas e bytes
na velocidade do pensamento e esses poucos estão se manifestando em novas ideias
capitalistas com novos negócios e outros como pensadores e filósofos da
percepção do comportamento e da influência desse meio, faz a mente ir mais
longe nesse olhar.
Importa que as muitas mídias se tornem
uma só, seja ela qual for, seja visuais, sonoras ou ambas, mas que desta
possamos sintetizar o nosso próprio modo de ser e acima de tudo ter uma
consciência desse comportamento sobre nós mesmo. Só então poderemos acrescentar
em nosso semelhante um compartilhar de real importância para o crescimento dele
como pessoa e como cidadão consciente.
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